Comunicamos que esse blog passa por manutenção, em breve muito mais novidades!

sábado, 28 de abril de 2012

rosas negras


Nuvens negras se aproximam, vejo-as daqui de cima, um livro nas mãos, vulto atrás da porta, mas não entendo, pensamento longe, uma tempestade está prestes a começar. Ontem eu estive lá, atrás do muro, para observar; o caçador, veio me falar, que hoje, para a torre, ele virá. Não o vejo chegar, não pode me enxergar, meu olhar é mudo, nada pode me escutar. As folhas secas caem, tons laranja, parecem brilhar, um lago lá fora, a congelar, um mistério, tão profundas são as águas, posso me ver preso dentro do espelho d'água; as rosas me encobrem, não posso falar, uma rosa na boca, meus lábios começam a sangrar, vermelho escarlate, começa a gotejar; um último suspiro, ao sentir uma sombra se aproximar. Quem vem me visitar, nunca mais irá voltar, o vermelho das rosas escurecerá, se algum deles me tocar. Apenas um coração puro pode me resgatar, as rosas negras irão me vingar. As estátuas no jardim, para me contar, o próximo visitante está para chegar... O lago morto me envolve, o meu ser se dissolve, você pode me ver, quando as águas lhe molhar; os teus pés irão secar, como os troncos secos, irão ficar.
Quando estive na torre, o livro se fechou, uma espada me feriu, um canto estridente soou. No lago das rosas negras, agora estou, à espera do caçador, que a minha vida, tirou. Sob as rosas negras, flutuo nas águas, para lhe convidar, um beijo venenoso nos lábios, irá te matar, no lago morto, a tua alma mergulhará e mais uma rosa vermelha, negra estará...
O capataz estava lá, à espreita, para o ato consumar, os meus passos vigiar, me arrastou até o lago, me jogou nas águas frias, no abismo das águas eu fui morar; ninguém pode me encontrar, o meu espírito vive a vagar. A rosa vermelha, o capataz lançou sobre as águas, ficou a flutuar, estão sempre a se multiplicar, para cada um, que no lago, quiser entrar. O caçador, era meu amante, sujou nosso amor com sangue, pois ao capataz, ele ordenou, me sacrificar; nas águas mortas, me acharás. À sua espera, eu vou estar, quando a última rosa vermelha, negra se tornar; o caçador irá retornar, a sua alma irei condenar, no lago ele permanecerá e para torre, eu irei voltar...

Nenhum comentário:

Postar um comentário